Sobre a tensão entre padronização e originalidade: nas imagens abaixo, os pontos vermelhos comparam o local de arremesso à cesta dos jogadores de basquete da NBA entre 2001-02 e 2019-20; já as quadras de tênis revelam, via desgaste no chão, a mudança ao longo das décadas do local onde os tenistas profissionais preferem jogar.
Contrastes que muito têm a ver com o filme "O homem que mudou o jogo" (Moneyball, 2011), estrelado por Brad Pitt e que conta, baseado em fatos reais, como Billy Beane, gerente geral de um time de basebol americano, revolucionou o esporte através do data driven, isto é, a tomada de decisões baseada em dados.
Em suma, se antes o trabalho dos olheiros e treinadores consistia em escalar jogadores com base na experiência e faro intuitivo, colocar no papel tim-tim por tim-tim as variadas estatísticas de rendimento de cada jogador fez a condução dos times profissionais mudar de perspectiva – com evidência de resultados melhores.
Só que (tudo tem um 'só que'...) o impacto disso hoje causa certa monotonia na dinâmica dos jogos. Repare que os locais de preferência dos jogadores vão ficando mais restritos: todos preferem se manter na zona onde o acerto é estatisticamente mais garantido.
E tal lógica migrou para outros campos, como aqui mesmo no LinkedIn: quem não repara a quantidade de posts com 'formato de engajabilidade' semelhante?
"É engraçado como as pessoas ficam confusas quando a frase não termina do jeito que elas periquito", encontrei a provocação espirituosa no perfil @jhonnyjws do twitter, fazendo rir no meio de quanta repetição e previsibilidade...
Lembrando que a IA dita 'generativa' não gera originalidade, só faz unir o mais frequentemente usado ao mais frequentemente usado, pisando sempre no mesmo e desgastado terreno.
Mas por ora segue a estação da linguagem gptizada, com pontos de arremesso calculados e repetidos à exaustão, carentes de traço autoral, risco, originalidade, periquito :)
Por Haendel Motta
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